Jardinagem sustentável: o que é, como fazer e quais suas vantagens?

A jardinagem sustentável é uma técnica que tem sido cada vez mais aplicada em áreas verdes, sejam elas domésticas ou em ambientes corporativos. Trata-se de uma forma mais ecológica de realizar jardinagem, com métodos de cultivo orgânicos, que devolvem à natureza os recursos extraídos, diminuindo, assim, os impactos no meio ambiente.

1 – Monocultura

A monocultura trata-se da produção ou cultura agrícola de um único tipo de produto agrícola. Um exemplo dessa prática são pessoas que usam determinados pedaços do jardim para plantar apenas margaridas ou em uma horta apenas alfaces, por exemplo. Tal prática é a causa da exaustão nutricional dos solos produtivos. Afinal, a rotação de culturas é importante para que o solo mantenha os níveis de nitrogênio necessários para a sobrevivência da flora, sem contar a reposição de micronutrientes como o fósforo e o potássio.

Essa prática, mesmo no nível do singelo jardim de nossas casas, também é um perigoso vetor de proliferação de pragas resistentes aos cuidados que tomamos para eliminá-las. Portanto, utilizar uma área verde para cultivar uma única espécie, acaba sendo desvantajoso para o meio ambiente, gerando mais perdas, do que ganhos.

2 – Extrativismo

O extrativismo é uma atividade caracterizada pela extração de bens da natureza. E engana-se quem pensa que essa prática é exclusiva dos madeireiros da Amazônia. Toda vez que alguém — mesmo com a melhor das intenções — retira uma “simples” orquídea do seu bioma, pode estar colocando em risco a existência de uma espécie.

Portanto, ao construir um simples jardim e fazer plantações indevidas, retirando espécies do seu bioma para plantar em outro lugar, o meio ambiente sofre consequências. Por isso, nesse caso, a jardinagem sustentável aparece como uma excelente alternativa para não promover esses danos, devolvendo à natureza aquilo que foi retirado dela para prosperar.

3 – Desperdício de água

Além da monocultura e do extrativismo, há ainda o desperdício de recursos hídricos ao cultivar um jardim ou área verde. Uma mangueira ligada por 15 minutos em um jardim, por exemplo, gasta cerca de 1.500 litros de água. Já imaginou o quanto de desperdício e custo há nessa prática?

Por isso, uma das vertentes da jardinagem sustentável é também a economia de água que, além de reduzir o impacto no meio ambiente, gera ainda economia financeira para o cultivador.

1 – Planeje o jardim para melhor uso do espaço

O planejamento é essencial para que se faça o melhor uso do espaço disponível, evitando desperdícios ou falta de espaço suficiente para sua área florescer. Primeiro, você deve considerar quais tipos de plantas deseja cultivar e se elas são adequadas para a região, temperatura e quantidade de luz incidente na área.

Plantas que precisam de mais água devem ficar na parte mais úmida do jardim. Já as que necessitam de sol e sobrevivem melhor a períodos de seca podem ficar em áreas com solo drenável.

Faça uma pesquisa básica sobre cada tipo de planta que pretende cultivar, para saber exatamente se a espécie é perfeita para a região e em qual canto de seu jardim colocá-la.

2 – Cultive somente espécies locais

O ideal é que cultive somente espécies locais, pois sementes e mudas de outros lugares podem ser mais agressivas ao solo. Em alguns casos, as plantas que não são locais ganham um perfil invasor.

Na prática, isso significa que elas se adaptam ao meio ambiente, multiplicam-se com maior velocidade e prejudicam o cultivo de outras plantas que possuem no local. Em alguns casos, a invasora pode extinguir espécies autóctones, reduzindo a biodiversidade.

3 – Faça compostagem

Uma das melhores práticas de jardinagem sustentável é a compostagem, isto é, a reciclagem de seus alimentos e outros resíduos naturais para serem usados como fertilizante orgânico. Com essa prática, os restos da limpeza das plantas provinda de podas e retirada de folhas secas seriam usados como adubo orgânico, gerando economia de dinheiro que seria gasto com caros fertilizantes e evitando, ainda, a exaustão do solo com uma única atitude.

4 – Reutilize sementes

Quando suas flores e legumes tiverem amadurecido, eles vão produzir sementes antes de secar. Recolha estas sementes e armazene-as em um local fresco e seco. Você pode reutilizar estas sementes na primavera do próximo ano para cultivar suas plantas novamente.

5 – Utilize insetos para controlar pragas

Utilizar insetos para controlar as pragas, ao invés de produtos químicos nocivos, é uma excelente forma de gerar também economia financeira e menos danos ao meio ambiente. Estes insetos comem lagartas, ácaros, pulgões e outros insetos que consomem plantas, e a melhor parte é que eles são completamente inofensivos aos animais de estimação e às pessoas. Portanto, se informe sobre o tipo ideal de inseto para sua área e como encontrá-lo para gerar uma atividade mais sustentável ao seu jardim.

6 – Invista em um sistema de captação da água da chuva

Como já dissemos, cultivar uma área verde pode causar grande desperdício de água se não soubermos realizar essa prática de uma maneira inteligente e sustentável. Por isso, uma dica importante é criar um sistema para captação de água da chuva, gerando, assim, menos desperdício desse recurso tão importante e ainda economia na conta de água.

Agora que você já está ciente dos riscos que a jardinagem pode trazer ao meio ambiente e já sabe como evitar isso, bora colocar em prática todas as dicas e gerar uma melhor qualidade de vida a essa e as próximas gerações?

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